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Qual o melhor meio de comunicação para informar o público sobre atividades culturais?

· Cultura,Pesquisas e Estudos,JLeiva,Cultura nas Capitais,pesquisa

Há uma resposta curta e uma resposta longa para essa pergunta, e ambas podem ser extraídas da pesquisa Cultura nas Capitais, feita pela JLeiva e pelo Datafolha, que ouviu mais de 10 mil pessoas em 12 das maiores cidades brasileiras.

Foram ouvidas pessoas de Belém e Manaus (Norte); Brasília (Centro-Oeste); Fortaleza, Recife, Salvador e São Luís (Nordeste); Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo (Sudeste) e Curitiba e Porto Alegre (Sul).

Veja abaixo, como fazer a informação sobre cultura chegar ao público.

Resposta curta: TV, redes sociais e boca a boca

Esses são os meios que os entrevistados mais citaram quando questionados sobre como se informam sobre atividades culturais de suas cidades. Vale destacar que os entrevistados podiam apontar mais de um meio.

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Televisão (47%), redes sociais (44%) e boca a boca (32%) lideraram as menções. Mas também aparecem internet (26%), jornais (18%), rádio (16%) e outdoor/cartazes (15%). Em redes sociais, os destaques são Facebook e Instagram (veja as respostas completas).

E a resposta longa? Diferentes públicos, diferentes modos de se informar sobre cultura

Essa resposta começa por indicar que o melhor é não usar “público”, no singular. Mas “públicos”. Grupos diferentes usam os diferentes meios com intensidades diferentes. TV, redes sociais e boca a boca sempre se sobressaem, mas em proporções desiguais de acordo com os recortes socioeconômicos.

Onde a TV se destaca:

  • Indivíduos das faixas etárias mais velhas: 45 a 59 anos (55%) e mais de 60 anos (61%).
  • Entre os que estudaram até o fundamental (52% citaram a TV)
  • Na classe D/E (56%)

E as redes sociais?

São quase o contrário da TV:

  • É, de longe, a preferida dos mais jovens : 12 a 15 anos (53%), 16 a 24 anos (63%) e 25 a 34 anos (56%)
  • Destaca-se entre quem tem ensino superior (57%)
  • Destaca-se nas classes mais altas (54% na A, 53% na B).
     

E o boca a boca?

Não é o mais citado em nenhum grupo, mas é o segundo em vários. Só fica atrás das redes sociais entre os jovens, e só atrás da TV entre os idosos. No segmento de quem tem ensino superior e na classe A, é também o segundo – esses, aliás, são os dois únicos grupos em que se informar sobre cultura pela internet é mais comum do que pela TV.
 

Qual escolher, então?

“Os resultados indicam que, para uma produção cultural se comunicar com seu público, ela precisa conhecer o perfil desse público”, afirma a Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas da JLeiva, Carina Shimizu. “Tanto o perfil do público cativo, aquele que provavelmente conhece outras atividades da produtora ou produções similares, quanto do público potencial, aquele que pode ter interesse na produção, mas precisa ser mais impactado pela comunicação para de fato ir até a atração cultural.”.

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